Qual é o melhor exercício físico para ansiedade?

Beatriz Loureiro
2025-06-29 22:51:38
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Quais são os melhores exercícios para combater a ansiedade?
Não existe um único exercício que seja o “melhor” para combater a ansiedade.
A escolha da atividade ideal varia de acordo com as preferências e necessidades de cada um.
Especialistas recomendam, no entanto, modalidades que combinem aspectos de movimentação, respiração e relaxamento, proporcionando maior controle sobre o corpo e a mente.
“Segundo estudos, a prática de exercícios aeróbicos, como corrida e natação, estimula a liberação dos neurotransmissores serotonina e endorfina, que possuem um efeito analgésico natural e contribuem para a melhora do humor”, explica Danilo Figueiredo, educado físico.
Abaixo, listamos alguns exercícios físicos que podem ajudar no controle da ansiedade, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem:
Caminhadas e corridas leves: caminhar ou correr ao ar livre oferece benefícios tanto para o corpo quanto para a mente, sendo uma maneira de liberar endorfinas e melhorar o humor.
Treinamento funcional e musculação: esses exercícios ajudam a manter a mente focada e promovem a liberação de endorfina.
São ideais para quem precisa de um estímulo físico mais intenso e encontra nos treinos uma forma de liberar a tensão acumulada.
Dança ou natação: essas atividades promovem o relaxamento e a interação social, o que pode ser benéfico para quem lida com ansiedade.
É indicado de forma geral um treinamento aeróbio, em que se utiliza o sistema oxidativo, uma prática que se gasta um maior tempo realizando os exercícios com baixa a moderada intensidade.
Tudo depende do nível e da individualidade da ansiedade da pessoa”, acrescenta Henrique Sacramento, educador físico.
Como não há um exercício em específico que é melhor do que o outro é essencial experimentar e perceber as próprias respostas físicas e emocionais.
Comece com atividades que despertem o seu interesse e veja como você se sente ao praticá-las: existe uma sensação de alívio ou leveza após a prática?
A prática ajuda a focar e a afastar os pensamentos negativos?
Manter um diário de treino, anotando as sensações após cada sessão, pode ajudar a identificar o que melhor funciona.
Experimente diferentes atividades: Se você não gosta de uma aula de musculação, por exemplo, teste uma caminhada, pilates ou yoga, por exemplo.
Avalie o prazer durante a prática: Você se sente motivado e bem-disposto durante e após essa atividade física?
Se a resposta for sim, este é um bom indicativo de que o exercício está funcionando como esperado.
Analise seu nível de ansiedade: Exercícios eficazes ajudam a estabilizar a ansiedade de maneira gradual.
Fique atento a mudanças no seu humor e na forma como enfrenta situações estressantes após alguns dias praticando exercícios.

Yasmin Monteiro
2025-06-29 21:45:26
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Um grupo de pesquisadores da Universidade Normal de Hunan, na China, investigou qual é o melhor exercício físico para o tratamento e a prevenção da ansiedade e depressão em jovens.
Eles descobriram que os exercícios de resistência – como a musculação e o levantamento de peso –, praticados com frequência, oferecem melhores resultados.
Observou-se que todos os tipos de exercícios físicos são benéficos para a saúde mental dos jovens com sintomas de ansiedade, mas a prática de treinos de resistência se destacou, com 94,9% dos jovens com depressão relatando benefícios no tratamento da saúde mental.
Os resultados foram melhores para tratamento e prevenção da depressão em indivíduos jovens quando o treino resistido é praticado de três a quatro vezes por semana, com sessões de 30 a 60 minutos e duração superior a seis semanas.
Exercício físico e depressão Para os indivíduos com depressão, atividades como a musculação levaram a benefícios 94,9% significativos no tratamento da condição.
Os exercícios aeróbicos, mistos e de mente-corpo vêm logo em seguida, com 75,1%, e 43,8% e 36,2%, respectivamente.
“Essas descobertas têm implicações significativas para a prática clínica, principalmente devido aos desafios associados à implementação de intervenções eficazes e ao ônus econômico de tratar e prevenir a depressão em jovens”, escreveram os autores do artigo.