Como é o mercado pet em Portugal?

A relação entre as pessoas e os animais de companhia tem vindo a evoluir ao longo dos tempos. Assim, paralelamente às mudanças socioeconómicas, assistimos, atualmente, a uma alteração na relação entre as pessoas e os animais, a qual é, cada vez mais, pautada por um maior afeto e humanização. Com base no crescimento económico deste setor, no país, achamos pertinente o estudo deste tema, disponibilizando assim, informação importante para todos os intervenientes no mercado pet. A relação dono animal, avaliada pela variável da importância dos animais em tempo de isolamento, foi uma mais-valia para os donos destes. Os donos ainda preferem fazer as compras em lojas físicas, onde o reconhecimento pesa mais na hora de escolher do que o preço, ou seja, que o bem-estar e saúde dos seus animais é o mais importante. O número de animais de companhia continua a aumentar nos lares portugueses e que, nos últimos dois anos, foram os gatos os prediletos, invertendo, pela primeira vez, a sua posição em relação ao cão.

Mais de metade das famílias portuguesas têm animais de estimação em casa, um número que tem vindo a crescer ao longo dos últimos anos. Crescente também é o número de compradores deste mercado vs. os donos efetivos destes animais. Existe uma boa parte destas vendas que não chega a entrar nos lares portugueses, que correspondem às doações a associações/entidades, ou até simplesmente a pessoas singulares, que também fazem hoje mover este mercado. Aliando o desafio no Facebook dos seus fãs, às compras em loja conseguindo cerca de 43 toneladas de ração. Os pedidos de adoção de animais de companhia dispararam durante o confinamento e o isolamento social, em simultâneo, aumentaram também as situações de abandono e violência aos animais, devido à deterioração das condições económicas de milhares de portugueses, mas também a receios que pudessem transmitir o novo vírus aos seres humanos. Deste lado, a forma de tratamento humano no pet care faz com que os valores e opções de consumo e de vida, se transfiram da família para o animal de estimação. E assistimos neste momento, a um afastamento do segmento seco e maior interesse em húmido e snacks tanto nos universos de cão, como de gato. A alimentação seca continua a representar mais de 76% do volume do mercado, mas com -1,5 de quota Vs. homologo. Neste primeiro semestre do ano, cada lar português gastou em média 58€ (+7,1% vs. homologo), num universo que continua a ser liderado por fabricantes – Nestlé continua a fortalecer a sua liderança. Este novo contexto, favoreceu a Distribuição Moderna de uma forma geral, mas com destaque para o Intermarché que ganha relevância no mercado. Registando compras mais frequentes e maior € investimento. Tal como assistimos de forma geral em FMCG, também em no universo de Pet Food o comprador descentraliza as suas compras. Prova disso, é o crescimento dos Tradicionais neste universo. Por tudo isto, o desafio é grande - para marcas e retalhistas!

Os mais recentes dados e insights do mercado pet em Portugal. 72% dos portugueses têm pelo menos um animal de estimação. 61% têm cães e 54% gatos. No que toca ao local de compra de ração, os supermercados continuam a ser de longe o canal de maior destaque no nosso país, seguido das Pet shops e do canal online. O preço e a qualidade mantêm-se como os principais fatores decisivos. Na procura por mais informação acerca da saúde dos seus animais, 63% dos portugueses recorrem ao seu veterinário de confiança. Por outro lado, 48% dos tutores de animais recorrem a pesquisas online. O veterinário é o serviço mais utilizado entre todos os serviços para animais de estimação disponíveis em Portugal. Além disso, os serviços de pet hotel e grooming também surgem como escolhas populares. A raça de cães que reune a preferência dos portugueses é o rafeiro, com 18,3%.

Em Portugal, o estudo avançou existirem 2,8 milhões de cães e 1,9 milhões de gatos. No que toca a aves, o nosso país registou 699 mil exemplares, enquanto os peixes fixaram-se numa população de 90 mil. Ainda relativamente aos pequenos mamíferos, como coelhos e furões, registados em território nacional, o relatório refere a existência de 238 mil indivíduos. Já referente a répteis, incluindo cobras e outros animais, o estudo indica que existem 43 mil exemplares em Portugal. Relativamente às vendas anuais de produtos alimentares para animais, o relatório refere que foi registado um valor de 29,2 mil milhões de euros e que o volume anual de produtos alimentares para animais de companhia se fixou em 9,9 milhões de toneladas, com um crescimento dos serviços e produtos a rondar os 9%. No que diz respeito a serviços e produtos relacionados com a indústria animal, a análise refere ter registado um valor de 24,6 mil milhões de euros, com o setor a registar um crescimento anual de 9%. Já em relação a emprego, o relatório refere que 283 mil estão diretamente ligados ao setor e 2,3 milhões estão indiretamente conectados à indústria, indicando ainda existirem 375 empresas de alimentação para animais de companhia.

O negócio do retalho para animais de estimação está em expansão em Portugal, com algumas das principais marcas a preverem um crescimento anual entre 6% e 7% e um aumento da procura por produtos de mais qualidade. O mercado português tem um enorme potencial de crescimento, razão pela qual a Kiwoko tem um ambicioso plano de expansão. A multinacional Zooplus também reconhece o potencial do mercado nacional, onde entrou em 2014, apontando uma expansão nas compras online pelos consumidores nacionais. Estamos a observar um crescimento nos produtos de qualidade 'premium', destacou fonte oficial, salientando que tem havido uma mudança significativa no sentido de produtos de qualidade superior para animais de companhia, uma vez que os tutores os tratam cada vez mais como membros da família. Em Portugal, o mercado de produtos e serviços para animais de estimação sofreu uma grande evolução na última década, disse Tobias Azevedo que lidera a marca, e encontra-se em plena ascensão, por um lado, impulsionado pelo aumento do número de animais de companhia e, por outro, por uma maior humanização, que faz com que sejam tratados como um membro da família. Tudo isto se reflete num consumidor mais informado, numa maior procura por alimentos de elevada qualidade nutricional e com recurso a ingredientes mais naturais, numa maior diversificação da gama de acessórios e na crescente procura por serviços de cuidados de saúde e bem-estar cada vez mais especializados e sofisticados. Trata-se de um mercado para o qual se estima uma taxa de crescimento médio anual de 6% até 2029, e em que a ambição da marca é que essa tendência de crescimento se mantenha no conjunto do ano de 2024. O número de famílias na Europa com pelo menos um animal de estimação tem crescido de forma significativa, tendo aumentando de 26% em 2012 para 46% em 2022, sendo ainda um setor resiliente, mantendo desempenhos positivos em situações de crise económica. A nossa ambição é de crescimento, nos mercados em que já estamos presentes vamos apostar na expansão da rede de lojas físicas, no crescimento online e no aumento da oferta, nomeadamente serviços, bem como estudar oportunidades em segmentos adjacentes.

O mercado pet em Portugal está em plena expansão, acompanhando a tendência global de crescimento do setor, que atinge uma taxa de 8,5% ao ano. De banhos e tosas a atendimento médico veterinário em casa, o setor de produtos e serviços para animais de estimação encontra-se em forte crescimento no país. Segundo a Cognitive Market Research, o mercado pet na Europa movimenta aproximadamente 6 bilhões de euros anualmente, refletindo o aumento significativo na adoção de animais de estimação. Portugal segue essa tendência, e muitos brasileiros que emigraram para o país estão apostando no setor, impulsionados pela experiência acumulada no Brasil — o segundo maior mercado pet do mundo. O futuro do mercado pet em Portugal parece ser brilhante, com mais oportunidades de inovação e expansão, tanto para serviços como para produtos. O crescimento contínuo desse setor reflete o aumento da preocupação dos tutores com a saúde e o bem-estar dos seus animais, que se tornaram verdadeiros membros da família. Com a crescente procura por serviços especializados, como atendimento veterinário ao domicílio e cuidados diários como banhos e tosas, o mercado pet em Portugal mostra-se cada vez mais promissor. A inovação, aliada ao amor pelos animais, tem sido o grande diferencial dos empreendedores brasileiros que decidiram apostar neste setor em expansão.

Cerca de 2 milhões de lares portugueses possui, pelo menos, um animal de estimação, um crescimento de 9 pontos percentuais em apenas 4 anos. Esta tendência deve-se às alterações dos núcleos familiares, bem como à evidência de que os animais de estimação contribuem para o bem-estar físico e psicológico dos donos. Tal como em muitos outros países, Portugal já regista, inclusivamente, mais cães e/ou gatos nos núcleos familiares do que crianças. A crescer, está o número destes animais a viver dentro de casa e o facto dos portugueses adoptarem mais cães, apesar de serem sobretudo oferecidos. Portugal posiciona-se no 12.º do ranking que tem no topo Rússia, França, Itália, Alemanha e UK. Os donos apresentam como principais factores de preocupação, a saúde e a alimentação, e é na alimentação que os donos mais dinheiro gastam. Estes números mostram que os animais estão a ganhar cada vez mais espaço dentro das habitações, verificando-se, ainda, que a grande maioria das famílias os considera como membros e parte essencial das suas vidas.