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A academia pode piorar crises de ansiedade?

Benjamim Sá
Benjamim Sá
2025-06-09 05:55:22
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A prática regular de exercícios físicos pode ser um desafio para pessoas que sofrem de ansiedade e pânico, pois é possível que o indivíduo associe os efeitos das atividades físicas à ocorrência de novos episódios de ansiedade. Respostas normais do organismo podem então ser confundidas com sintomas de um ataque de pânico, as crises de ansiedade repentinas e intensas. Além do futebol, Terra conta que os treinos mais intensos na academia também disparavam o pânico, obrigando-o a ir para casa tomar medicação para controlar a ansiedade. A prática de esportes em situações de maior estresse, como calor ou frio intense, corpo cansado e privação de sono pode aumentar a associação dos efeitos das atividades físicas com as sensações de crises de ansiedade. Quando começam a fazer uma atividade física um pouco mais intensa, elas começam a prestar atenção nessas reações fisiológicas do corpo, confundindo-as com um ataque de pânico, afirma Apolinario. A mesma situação pode ocorrer com indivíduos que apresentam transtornos relacionados a sintomas somáticos, informa o psiquiatra.
Mara Figueiredo
Mara Figueiredo
2025-06-09 03:43:23
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O receio de intensificar sintomas como falta de ar e taquicardia leva essas pessoas ao sedentarismo e pior performance cardiopulmonar. Os resultados do estudo foram divulgados em artigo publicado na edição 36 da Revista Brasileira de Psiquiatria. No grupo das pessoas com a síndrome, 14 delas foram diagnosticadas com o chamado transtorno do pânico de subtipo respiratório, no qual a falta de ar e o aumento do esforço para respirar são os principais sintomas durante as crises. As questões deste último tinham como objetivo quantificar o medo de atividades físicas, detectar o ato de evitá-las e apontar o receio dos portadores de síndrome do pânico para as sensações e as consequências, como dificuldades para respirar e taquicardia que os exercícios provocam. Os resultados do teste com o exercício confirmaram a premissa dos autores de que os pacientes com transtorno do pânico apresentam baixo nível de condicionamento físico. A principal diferença entre os grupos foi o VO2max, índice que mede o volume máximo de oxigênio que o corpo é capaz de transportar e utilizar durante uma atividade física, mais alto no grupo que não apresenta o transtorno. Os pesquisadores avaliaram a capacidade cardiovascular dos dois grupos com base em um teste de esforço cardiopulmonar realizado em uma esteira ergométrica, com velocidade e declive variáveis. O grupo dos que têm síndrome do pânico atingiu a meta de frequência cardíaca e o limiar ventilatório mais cedo e apresentou menor consumo de oxigênio, além de maior esforço para realizar a atividade. Os pesquisadores encontraram diferenças entre os grupos, indicando que o transtorno do pânico pode afetar a capacidade cardiovascular e a performance física. No entanto, não há menção direta à academia no texto.
Vitória Andrade
Vitória Andrade
2025-06-09 03:35:04
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Apesar de exercícios físicos serem recomendados para amenizar os sintomas, o treino pesado pode ter o efeito adverso para algumas pessoas, provocando uma nova crise em quem já enfrenta o problema. Isso acontece porque após esforço intenso o corpo libera uma substância chamada ácido lático, que altera o PH do sangue, tornando-o mais ácido. Como consequência, as amígdalas do cérebro, associadas ao alerta em situações de perigo, seriam acionadas, levando à crise de pânico. Outra possível explicação para o fenômeno é a de que os sintomas provocados pelos exercícios intensos - parecidos com os de um ataque - é que seriam responsáveis pela nova crise. Os exercícios em si não deflagram a crise, e sim o medo de ter um ataque de pânico porque o coração disparou, ou a respiração ficou ofegante. O psiquiatra e coordenador do Ambulatório de Ansiedade da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Márcio Bernik, ressalta que as crises acontecem somente com quem já sofre de transtorno do pânico. O psiquiatra ainda afirma que, apesar desse efeito adverso, os exercícios físicos são altamente recomendáveis para quem sofre do transtorno.
Inês Domingues
Inês Domingues
2025-06-09 03:15:38
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Para Nádia a palavra chave para um rendimento desportivo satisfatório é equilíbrio, em todos os aspectos envolvidos, seja na alimentação, no treinamento, e demais. Treinos pesados podem fazer com que o corpo produza um excesso de adrenalina, que podem persistir no corpo durante horas após o exercício, aumentando a adrenalina em relação ao esforço despendido durante o exercício pode-se desencadear ansiedade. No entanto, a ansiedade nem sempre significará piora no rendimento esportivo, pois quando existe uma quantidade favorável, ela passa a ser uma ótima aliada para o desenvolvimento do atleta. Nesse sentido, a ciência já comprovou que a atividade física é benéfica no combate à ansiedade, pois na prática dos exercícios outros hormônios são liberados e pós-prática percebemos a ocorrência de um relaxamento natural físico e mental. Porém não é incomum que algumas pessoas se sintam com mais ansiedade pós-exercício. Isso porque alguns sintomas que essas pessoas sentem pós-exercício físicos, podem ser interpretados pelo cérebro como sintomas de ansiedade, como por exemplo, a falta de ar causada por alguns exercícios, o aumento do ritmo cardíaco, aumento do suor, fadiga, e outros mais. Para o cérebro pode ser indistinguível dos sintomas causados pela ansiedade, consequentemente pode vir a ser um gatilho de ansiedade e pensamentos ansiosos, causando o que chamamos de reação de ansiedade secundária.