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Para quem é indicada a eletroestimulação?

Sofia Freitas
Sofia Freitas
2025-07-08 17:32:08
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A eletroestimulação é indicada devido às vantagens na facilitação neuromuscular. Pacientes que apresentam imobilidade, seja por sedação ou fraqueza muscular, podem ser beneficiados com a técnica. A fisioterapeuta explica ainda que nem todos os pacientes podem se beneficiar com a técnica. Existem critérios de contraindicação para o uso da terapia, tais como pessoas com batimento descompensado do coração; uso de marca-passo; grávidas; com pressão arterial anormal; com dores de difícil controle; e em quadro infeccioso. Os demais públicos possuem indicações, principalmente esses que estão em desmame difícil da ventilação mecânica. A falta de mobilidade da maior parte dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), causa perda muscular. Além de fraqueza e menor na capacidade de movimentação, essa redução das fibras musculares contribui para problemas metabólicos, como resistência à insulina. Isso não apenas impacta a saúde geral, mas também aumenta o risco de quedas e lesões, especialmente em idosos. De acordo com a fisioterapeuta do HRVJ, Arianna Oliveira, as estatísticas demonstram que há uma perda de cerca de 11% de massa muscular na primeira semana de internação na UTI. Inicialmente utilizada na reabilitação traumatológica e neurológica ambulatorial, foram observados benefícios também em pacientes internados e que precisam de mobilização de forma mais ativa. A eletroestimulação é um recurso utilizado para ativação muscular. Um microprocessador realiza estímulos elétricos de forma controlada e sinérgica no músculo com intuito de promover a contração muscular e produzir o movimento funcional. Para pessoas contraindicadas para a eletroestimulação, existem outras alternativas que podem ajudar a evitar a perda muscular e melhorar a mobilidade. Dentre elas, estão os exercícios passivos, com movimentos que podem ser realizados por um fisioterapeuta ou cuidador, ajudando a manter a amplitude de movimento sem esforço ativo do paciente; bem como a Mobilização Ativa Assistida, quando o paciente consegue realizar alguns movimentos com ajuda, estimulando a musculatura. Outras formas ainda são por meio da fisioterapia manual, com técnicas que podem ajudar na mobilização dos tecidos e na manutenção da função muscular, entre outras técnicas. Além das técnicas fisioterápicas, nutrição adequada e terapia ocupacional com o envolvimento em atividades diárias que estimulem o uso de músculos auxiliam na manutenção da força e menor perda muscular. Houve um caso, por exemplo, de desmame ventilatório [retirada gradual da ventilação mecânica], em que já havia falhado o desmame simples, que é a retirada da ventilação por 48 horas. Foi implementada a eletroestimulação no músculo da coxa, onde é mais indicado pelos estudos. Após isso, a paciente evoluiu com melhora da funcionalidade e movimentação dos membros com posterior extubação [remoção do tubo].
Yara Campos
Yara Campos
2025-07-08 17:18:53
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A eletroestimulação é indicada para atletas, profissionais de saúde e pessoas interessadas em melhorar o desempenho físico. A técnica é realizada por meio de eletrodos posicionados na pele, diretamente sobre os músculos-alvo. A eletroestimulação oferece diversos benefícios que contribuem para o fortalecimento muscular e a reabilitação física. A eletroestimulação pode ser aplicada em pacientes que estão em recuperação de cirurgias ou lesões, ajudando-os a recuperar força e funcionalidade sem sobrecarregar as articulações ou áreas sensíveis. Além disso, a EMS também tem sido estudada por seus efeitos positivos em doenças crônicas, como dores lombares ou fraqueza muscular causada por doenças neurológicas. A combinação de sua aplicação com outros métodos terapêuticos aumenta significativamente os benefícios gerais. A EMS permite focar em grupos musculares específicos, corrigindo desequilíbrios que podem levar a lesões ou impactar a postura. A eletroestimulação tem aplicações diversas, variando de programas de condicionamento físico a tratamentos médicos.