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Qual a relação entre alimentação e a saúde mental?

Margarida Moreira
Margarida Moreira
2025-07-16 21:59:30
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A alimentação exerce um papel fundamental não apenas na nossa saúde física, mas também na saúde mental. A relação entre o que comemos e o nosso bem-estar psicológico tem sido cada vez mais estudada. Compreender como esses dois fatores se relacionam é importante para buscar alternativas que reduzam os impactos do desequilíbrio nutricional no organismo, resultando na melhora da saúde mental. Doenças como ansiedade, depressão, bulimia, por exemplo, podem se desenvolver em decorrência da má qualidade dos hábitos alimentares. Além disso, especialistas defendem que no campo da saúde mental a situação não é muito diferente. Um dos maiores estudiosos sobre o tema, o agricultor e psiquiatra da Universidade Columbia, Drew Ramsey, defende que uma dieta deficiente é um dos maiores fatores que contribuem para depressão. Um estudo publicado no Journal of Affective Disorders mostrou a relação do consumo de alimentos ultraprocessados com o desenvolvimento de sintomas de depressão. A alimentação e sua relação com os aspectos emocionais vão além. Frequentemente, pessoas descontam seus sentimentos na comida. Outros exemplos clássicos são a relação entre a ansiedade e a alimentação compulsiva e as questões hormonais, que influencia, o estado emocional e podem resultar em uma piora nos hábitos alimentares.
Nuno Garcia
Nuno Garcia
2025-07-16 19:56:18
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A alimentação tem um impacto fundamental na modulação da química cerebral, influenciando diretamente a produção de neurotransmissores e a regulação de processos inflamatórios. Uma alimentação saudável e equilibrada pode ter um impacto positivo na saúde mental, ajudando a prevenir ou tratar transtornos como ansiedade e depressão. Muitos problemas de saúde mental também têm causas químicas e podem estar relacionados à deficiência de micronutrientes, causando desregulação na produção de neurotransmissores. Certas comidas podem ser aliadas na promoção da saúde mental, como alimentos ricos em triptofano, que ajudam a aumentar a produção de serotonina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. É importante consumir alimentos que favoreçam o hormônio, pois pode trazer benefícios para a saúde emocional. Além disso, o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados está frequentemente associado à ingestão de grandes quantidades de calorias, gorduras, carboidratos, sódio e à carência de micronutrientes essenciais, o que pode gerar dependência e impactar negativamente a saúde mental. Para um tratamento eficaz, é preciso considerar a individualidade bioquímica e o contexto socioeconômico de cada pessoa, como também o envolvimento de uma equipe multidisciplinar buscando uma abordagem terapêutica ampla. Uma dieta adequada pode ajudar a melhorar as funções cerebrais, os níveis de energia, a memória, além de controlar as emoções. De fato, restabelecer o paciente nutricionalmente pode levar a uma melhor resposta ao tratamento geral. Além do tratamento tradicional, que inclui psicoterapia e medicamentos, a alimentação tem se mostrado uma aliada na melhoria da qualidade de vida de pessoas com transtornos mentais.