Qual o melhor exercício para cognição?

Substituir o tempo no sofá por menos de 10 minutos de atividade física moderada ou intensa pode ter um impacto positivo na função cognitiva de pessoas de meia-idade. As pontuações cognitivas dos participantes melhoraram em 1,3% quando substituíram nove minutos de atividade sedentária por atividade física vigorosa. Níveis mais altos de atividade física podem melhorar as habilidades de resolução de problemas e a memória, além de reduzir a ansiedade e a depressão. Os participantes registraram 51 minutos de atividade física moderada ou vigorosa, em média, mais quase seis horas de atividade física leve, mais de nove horas de atividade sedentária e mais de oito horas de sono. Os pesquisadores também associaram os níveis de atividade entre crianças e idosos à melhoria da função cognitiva e comportamental, bem como à melhoria da condição física a longo prazo. Um estudo publicado em julho passado no Journal of the American Medical Association, encontrou uma associação entre menor massa muscular em adultos de 65 a 86 anos e declínio cognitivo. Outro estudo no Reino Unido descobriu que uma baixa força de aperto de mão estava associada a um risco maior de desenvolver demência. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças – que recomenda que os adultos façam pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana – níveis mais altos de atividade física podem melhorar as habilidades de resolução de problemas e a memória, além de reduzir a ansiedade e a depressão. Os pesquisadores também descobriram que algum comportamento sedentário pode afetar positivamente a estimulação cognitiva, incluindo leitura e trabalho, em vez de ver televisão. Os participantes que substituíram a atividade leve ou o sono por comportamento sedentário obtiveram pontuações mais altas nos testes de cognição, mas apenas se o tempo sedentário fosse pelo menos 37 minutos a mais do que o tempo gasto em atividades de intensidade leve.

Atividades para o cérebro são traduzidas como estímulos, então é por meio dos estímulos de qualidade organizados é que ele é capaz de criar conexões, restabelecer conexões neurais e melhorar seu desempenho. Exercitar nosso cérebro sistematicamente de diversas maneiras é tão importante quanto o exercício para o nosso corpo. O segredo está justamente em oferecer ao cérebro atividades que envolvem novidade, variedade e grau de desafio crescente. Alguns exemplos de exercícios que são excelentes para o cérebro incluem Ginástica para o cérebro, Sudoku, Jogos de Tabuleiro, Aprendizagem de novas palavras, Leitura, Desenho livre, Exercícios de cálculo mental, Meditação e Aprendizagem de novas habilidades. Esses exercícios podem ser realizados individualmente ou em grupo e devem ser adaptados às habilidades e necessidades de cada pessoa. O importante é praticá-los regularmente para obter melhores resultados.

Os resultados comprovaram que exercícios físicos melhoram significativamente a cognição geral, a memória e a função executiva, com efeitos consistentes tanto em pessoas saudáveis quanto em quem vive com condições clínicas. Os maiores efeitos foram observados em exercícios de baixa a moderada intensidade — como caminhada, yoga, Tai Chi e até exergames, que são jogos que exigem movimento corporal. Essas atividades melhoram, de forma consistente, a memória, a atenção e a função executiva — o conjunto de habilidades que inclui planejamento, autocontrole, foco e tomada de decisões. Mesmo exercícios leves, como caminhar ou praticar yoga, melhoram a cognição. Atividades que combinam movimento com estímulo cognitivo geram os melhores resultados.

O melhor exercício para cognição depende do objetivo específico e do indivíduo. Exercícios como Vista-se trabalham a memória processual, esquema corporal, práxis ideacional, memória semântica e planejamento. Jogos como Começa o jogo! são ideais para trabalhar o planejamento, atenção seletiva, atenção sustentada, heminegligência e velocidade de processamento. Atividades como Números misturados trabalham o raciocínio. Exercícios como Reconhecimento emocional trabalham a cognição social, vocabulário e raciocínio. Jogos como Pares de animais servem para trabalhar a memória episódica, atenção seletiva e memória de trabalho. Atividades como Relacionar característica-elemento trabalham a memória semântica. Exercícios como Pagamento exato trabalham a memória de trabalho, compras e planejamento. Esses são apenas alguns exemplos, e existem milhares de exercícios de estimulação cognitiva disponíveis, como os encontrados na NeuronUP.