Quem tem 12 anos pode tomar creatina?

De acordo com a pediatra Rosana Tumas, do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo, o uso da creatina entre crianças e adolescentes ainda é controverso. Faltam estudos que apoiem a segurança da suplementação de creatina nessa faixa etária. As evidências apontam, porém, que em adolescentes que praticam esportes de alto rendimento — a nível competitivo —, a suplementação da creatina traz benefícios. Isso se explica pela alta demanda do tecido muscular por energia nesses atletas. Portanto, segundo a médica, pais, treinadores e adolescentes devem buscar sempre orientação médica antes de considerarem o uso da substância. Ainda existe muita desinformação em relação ao uso da creatina. Isso significa que os consumidores devem sempre procurar aconselhamento especializado. Além disso, a suplementação de creatina deve ser apenas considerada para uso por atletas mais jovens que estejam envolvidos em atividades competitivas de alto nível, com treinamento supervisionado e desde que estejam consumindo uma dieta equilibrada e adequada às suas necessidades nutricionais.

Crianças e jovens até aos 18 anos, exceto com indicação médica. A falta de estudos científicos e determinados riscos médicos levam a que alguns grupos de pessoas não devam tomar creatina. Quem bebe café não deve tomar esse suplemento. O uso de creatina sem vigilância médica pode ter efeitos adversos, sobretudo o aumento do músculo cardíaco e alterações da função dos rins. Acima de tudo, antes de tomar creatina é importante consultar um médico e informar-se de todas as condições que possam ser afetadas pelo uso do suplemento. Análises frequentes ao sangue e à urina podem ser necessárias para controlar com segurança a função dos rins.

Não existe nenhuma contraindicação para suplementos em adolescentes, porém, qualquer tipo de suplementação alimentar deve ser recomendado por um nutricionista, nutrólogo ou médico do esporte. Isso porque, no geral, uma alimentação balanceada, com os nutrientes necessários, já é suficiente para uma boa performance nas atividades físicas. Serão esses profissionais que irão avaliar se é realmente necessário que um adolescente, ainda em fase de formação esportiva, precise fazer uso de recursos artificiais para a melhora do desempenho.