Quem treina tem mais vontade de ter relações?

Um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine concluiu que mulheres que praticam até seis horas de atividade física por semana apresentam mais desejo sexual em relação às sedentárias. Isso acontece porque ao realizar atividade física regular, a mulher aumenta a liberação de endorfina, substância relacionada ao prazer e melhora a irrigação sanguínea de todo o corpo, inclusive na região genital, aumentando o prazer. Além disso, a prática ajuda a diminuir o estresse e a ansiedade, ajudando a equilibrar os níveis hormonais como a testosterona, que é um importante hormônio que reflete diretamente na libido e também no desempenho físico e sexual. Os efeitos de mexer o corpo podem ser percebidos a partir da oitava semana e eles vão além das vantagens relacionadas à libido. Diminui o estresse e a ansiedade, alguns hormônios liberados durante a prática de exercícios físicos são a serotonina, conhecido como o hormônio da felicidade, e a ocitocina. Somados, eles são capazes de diminuir o estresse e a ansiedade que podem anteceder o ato sexual, refletindo diretamente no principal aspecto da libido: o desejo. A prática regular pode ajudar a equilibrar nossos dos hormônios, interferindo diretamente na libido. Exercícios físicos promovem a circulação sanguínea, que é muito importante para o nosso organismo, ajudando inclusive na irrigação genital, diminuindo o depósito de placas ateromatosas nos vasos sanguíneos, o que oferece melhor circulação do sangue no local, aumentando a excitação, por exemplo.

Exercício é bom para nossa saúde sexual, tanto para homens como mulheres. Sexo e movimento (como atividade física ou exercícios) são necessidades fisiológicas humanas e provavelmente um comportamento não atrapalha o outro. Então, aproveite!

Nas mulheres, o maior aporte de sangue na vagina e no clitóris tende a aumentar a libido, a lubrificação, o prazer e facilitar o orgasmo. Já nos homens, o aumento no volume de sangue no pênis promove ereções mais potentes e duradouras. As atividades aeróbicas também estimulam a produção de endorfina, dopamina e serotonina. Essas substâncias promovem bem-estar, melhoram a sensação de prazer e o humor e reduzem o estresse e a ansiedade. E todos esses sentimentos podem interferir na vontade de fazer sexo, você sabe. Além disso, a prática de exercícios —especialmente os de força que envolvem grandes grupos musculares — estimula a produção de testosterona, hormônio sexual masculino.

Quem treina tem mais vontade de ter relações. A libido de praticamente todos os homens que fazem exercício físico é maior do que entre os que não fazem. Além disso, esses pacientes têm mais fôlego e conseguem aguentar melhor uma relação sexual. A prática regular de alguma atividade física melhora a qualidade de vida e a longevidade, e também ajuda a diminuir a obesidade, favorecendo um metabolismo mais rápido. Os níveis de testosterona aumentam quando se começa a fazer exercício físico, e isso significa mais saúde, menos doenças crônicas, menos incidências de câncer e de doenças cardiovasculares. Serotonina e ocitocina, por exemplo, causam sensação de prazer e de melhora na libido, ou seja, têm relação direta com a vontade, efetivamente, de ter uma relação sexual. A endorfina favorece ainda a liberação de outros hormônios, incluindo a ocitocina. Em simbiose, esses hormônios favorecem o aumento natural da libido.

Mulheres que praticam até seis horas de atividade física por semana apresentaram maiores níveis de desejo, excitação e lubrificação do que as sedentárias. Elas também apresentaram menor sofrimento sexual e menor resistência nas artérias do clitóris. Um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine mostrou que mulheres que praticam até seis horas de atividade física por semana apresentaram maiores níveis de desejo, excitação e lubrificação do que as sedentárias. Já um trabalho publicado na revista científica Obesity mostrou que mulheres sedentárias e obesas relataram problemas com atividade sexual, desejo e desempenho na hora do sexo. Um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine mostrou que homens sedentários tiveram 50% mais chance de apresentar disfunção erétil do que aqueles que praticavam atividade física com regularidade. A prática regular de atividade física melhora a circulação sanguínea no corpo todo. E ter um bom fluxo de sangue ajuda na excitação. Fazer exercícios com frequência aumenta seu condicionamento físico, deixando você menos cansado conforme vai adquirindo resistência muscular. Quanto melhor estiver o seu condicionamento físico, mais energia você terá na hora do sexo, melhorando seu desempenho. Praticar exercícios com maior regularidade aumenta a disposição e a motivação, consequentemente melhorando a autoestima. Um estudo de 2019 publicado no Journal of Personality mostrou que mulheres tinham mais interesse em se relacionar com homens que apresentavam uma maior autoconfiança. O estresse, a ansiedade e a depressão impactam negativamente na libido, podendo diminuí-la consideravelmente. A prática da atividade física libera no nosso corpo uma série de neurotransmissores, como a serotonina, que reduzem os níveis de estresse e ansiedade do corpo, proporcionando a sensação de bem-estar e relaxamento. Por esses motivos, o exercício físico é indicado como parte do tratamento para depressão. A prática regular de atividade física — aliada à alimentação balanceada — é uma das maneiras de prevenir doenças como a hipertensão e diabetes. Os medicamentos indicados para tratar essas duas condições normalmente inibem a excitação.

Homens com rotinas de exercício moderadas ou leves eram muito mais propensos a relatar libido moderada ou alta do que aquele que realizavam exercícios eram longos ou intensos. Todos os homens que fazem exercício moderadamente e regularmente, têm seu nível de testosterona aumentado instantaneamente. Além da produção hormonal, esse homem estará melhor fisicamente e psicologicamente. Aqueles que fazem exercício extenuantes, exageradamente, apresentam uma redução na produção de hormônios androgênios, incluindo a testosterona. Esse homem também estará mais cansado e menos motivado para o sexo, já que toda sua motivação é direcionada ao esporte. Enquanto exercícios moderados e regulares aumentam a produção de testosterona, aqueles longos e extenuantes diminuem o hormônio, o que afeta seu desejo sexual.

Musculação, corrida e crossfit, por exemplo, podem aumentar a libido, mas, se levadas ao extremo, essas atividades podem acabar provocando o efeito contrário. A musculação tem um impacto direto na produção de testosterona, hormônio essencial para o desejo sexual, especialmente entre homens. De acordo com o personal trainer Renan Almeida, o treino de força, quando realizado de maneira controlada e com descanso adequado, favorece o aumento do hormônio. Para a sexóloga Tamara W. Zanotelli, esse motivo torna a musculação uma das mais eficazes para estimular a libido. A corrida, quando praticada de forma moderada, também pode ter efeitos positivos na libido. Araújo explica que os exercícios aeróbicos melhoram a circulação sanguínea, o que facilita a excitação e a resposta sexual. A sexóloga pontua: “quando realizada em intensidades elevadas ou por longas durações, a corrida pode elevar os níveis de cortisol, hormônio do estresse, que tem o poder de reduzir a testosterona e afetar o desejo sexual”. O crossfit, por sua vez, é um exercício de alta intensidade que pode proporcionar grandes benefícios para o condicionamento físico e mental. Contudo, assim como os anteriores, se praticado em excesso pode levar à fadiga extrema e provocar desequilíbrios hormonais, afetando a libido, como ponderam os especialistas. “Embora ele estimule a produção de testosterona, pode levar ao overtraining e à queda de desejo sexual se não for controlado”, afirma o personal trainer. A sexóloga Tamara W. Zanotelli explica que o crossfit, devido à alta intensidade, pode aumentar o cortisol e reduzir a testosterona, se não for equilibrado com períodos adequados de recuperação. “O problema não é o exercício em si, mas o excesso. Quando não há um bom descanso e a alimentação não é adequada, o treino pode afetar o bem-estar mental e a libido”.