Como as cores dos alimentos influenciam na saúde?

É sabido que, quanto mais colorido o nosso prato, melhor para a nossa saúde, já que as substâncias responsáveis por dar cor a esses alimentos - chamadas de pigmentos - também são dotadas de nutrientes importantíssimos para a saúde. Logo, quanto mais cor no seu prato, mais pigmentos que auxiliam no combate aos radicais livres serão ingeridos, afinal, cada alimento oferece um tipo de antioxidante. O ideal é ter de 3 a 4 cores diferentes de alimentos em nosso prato, em todas as refeições principais - café da manhã, almoço e jantar. Antocianina: é encontrado em alimento de cor roxa ou azulada. Tem função antioxidante, reduz o colesterol e combate os radicais livres Antoxantina: está presente nos alimentos brancos, como o alho. Assim como a antocianina, atua na redução do colesterol e no combate aos radicais livres, além de ajudar na prevenção de cânceres. Betacaroteno: é encontrado nas verduras e legumes de cores amarela, laranja e verde-escuros. Fortalece o sistema imunológico, melhora a pele e, assim como a antoxantina, auxilia a prevenir o câncer. Licopeno: presente em alimentos vermelhos, é um ótimo antioxidante, combatendo os radicais livres e prevenindo os cânceres de próstata e de mama.

As cores dos alimentos influenciam muito inclusive nos nossos sentimentos pois dependendo do que há num prato, podemos nos sentir felizes, animados, equilibrados, calmos. Uma dieta rica em cores e variedades de alimentos é essencial para a manutenção da saúde humana. O consumo de frutas, legumes e verduras está diretamente ligado ao crescimento e desenvolvimento das crianças, a uma vida mais longa e saudável, à saúde mental e do coração e até mesmo a menor incidência de doenças do coração e câncer. E você sabia que as cores dos alimentos estão diretamente ligadas ao benefício que eles trazem? A coloração dos alimentos é determinada pela presença de certas substâncias químicas que, além de colorir, trazem efeitos benéficos à saúde humana, atuando na proteção do organismo e na prevenção de doenças. O pigmento vermelho vem do licopeno, que ajuda a manter a saúde do coração e pode diminuir os riscos de câncer devido aos efeitos antioxidantes que atuam contra os radicais livres. A clorofila é quem dá origem aos pigmentos verdes, os quais possuem propriedades anticancerígenas, pela inibição de radicais livres. Os alimentos marrons e brancos são ricos em fibras e flavina, respectivamente. Os pigmentos roxos e azuis vêm das antocianinas, que reduzem o risco de câncer e doenças cardíacas, devido a sua ação antioxidante, Os pigmentos laranja e amarelo são provenientes do betacaroteno, que são importantes para a manutenção da saúde dos olhos e visão. Sendo o laranja uma boa opção para pessoas que têm pouco apetite e possuem transtornos alimentares, como anorexia, pois é uma cor que abre o apetite e estimula a alimentação e o amarelo no seu prato te ajuda com a inteligência e a criatividade, te deixando mais atento.

Os seres humanos começam a associar certas cores com vários tipos de alimentos desde o nascimento e com o tempo igualam essas cores com certos aromas e sabores. Em alimentos frescos como frutas e vegetais, nos confiamos na cor para determinar o nível de maturação ou frescor. Se a cor do produto alimentício não bate com a nossa expectativa, nos podemos achar que ele tem sabor e aroma diferentes – um efeito psicológico que algumas companhias usam a seu favor. Adicionar um corante vermelho na casca de uma maça, por exemplo, pode influenciar os consumidores fazendo-os acreditar que a maça tem um sabor mais doce. Em um estudo publicado em um Jornal de Ciência dos alimentos, pesquisadores encontraram pessoas confusas com os sabores quando uma bebida não tinha a cor apropriada. Uma bebida aromatizada de cereja, mas com cor laranja foi identificada como bebida de laranja, e uma bebida de cereja com cor verde foi identificada como bebida de limão. A cor é frequentemente o primeiro elemento percebido na aparência de um produto alimentício. Amplamente suportado por estudos científicos, nos utilizamos dicas visuais da cor para identificar e julgar a qualidade e o sabor do que comemos.

A paleta vibrante dos alimentos vai além da estética e é um indicador dos diversos nutrientes e benefícios que eles oferecem. A relação entre as cores dos alimentos e a saúde está enraizada na ciência dos fitonutrientes, compostos bioativos encontrados em plantas que têm uma ampla gama de benefícios para o corpo humano. Cada cor representa diferentes grupos de fitonutrientes, como antioxidantes, vitaminas e minerais. Alimentos vermelhos e roxos, como morangos, framboesas, uvas e beterrabas, são ricos em antocianinas, que estão associados à redução do risco de doenças cardíacas, melhora na saúde cerebral e propriedades anti-inflamatórias. Cenouras, abóboras, mangas e pimentões amarelos são exemplos de alimentos ricos em carotenoides, incluindo o betacaroteno, que é convertido em vitamina A no corpo. Esses alimentos promovem a saúde ocular, fortalecem o sistema imunológico e contribuem para a saúde da pele. Os vegetais de folhas verdes, como espinafre, couve e brócolis, são verdadeiros tesouros nutricionais, eles contêm clorofila e outros compostos que desintoxicam o corpo, fornecem fibras essenciais e ajudam na saúde óssea. Alho, cebola, cogumelos e couve-flor são alguns dos alimentos que pertencem a essa categoria, eles contêm alicina e compostos de enxofre, que têm propriedades antibacterianas e podem contribuir para a saúde cardiovascular. Quanto mais vibrante o seu prato, mais nutrientes diversos você está consumindo.

Certamente você já escutou que o prato colorido é a melhor opção quando buscamos uma alimentação equilibrada e cheia de nutrientes, não é mesmo? Esta afirmação é verdadeira e está baseada no princípio de que, de maneira geral, os alimentos demonstram os micronutrientes, ou compostos ativos mais predominantes, pela sua cor. – Mamão papaia, cenoura, abóbora e pêssego: estes alimentos, e todos os que têm cores amarelas alaranjadas, são ricos em uma classe de nutrientes chamada carotenoide – que atua como precursora da vitamina A. – Cebola roxa, uva, mirtilo, amora, açaí, framboesa, jabuticaba, beterraba, repolho roxo e batata doce roxa: estes alimentos são ricos em antocianinas; classe de compostos muito estudada por suas funções antiinflamatória, antimutagênica e antioxidante. – Feijão carioca, magnum, rajado e azuki: as leguminosas são alimentos altamente nutritivos e acessíveis financeiramente; quando sua casca tem coloração próxima do marrom escura são ricos em compostos fenólicos e previnem câncer, mutações genéticas, antioxidantes e anti lipêmicos, ou seja, evitam o depósito de gorduras nas artérias e veias. – Vegetais verde escuros: estes alimentos em geral são ricos em potássio e em ferro, chamado não heme ou ferro de origem vegetal. – Carne vermelha (vaca e porco): Os alimentos ricos em proteína, que são de origem animal, são altamente ricos em ferro, chamado de heme, por compor a estrutura de uma proteína presente apenas no reino animal chamada hemoglobina; É importante esclarecer que todos os alimentos contêm inúmeros nutrientes sendo esses, carboidratos, proteínas, lipídeos (ou gorduras), além das vitaminas e minerais, porém, podemos encontrar, em cada um deles, aqueles nutrientes que são predominantes e que, portanto, fazem com que algumas características como a cor, se tornem mais evidentes. Logo, fica clara a necessidade, sempre que possível, de preparar pratos cheios de cores e sabores.

A tonalidade dos alimentos tem como principal função revelar a sua composição nutricional. Cada cor significa benefícios e nutrientes específicos em cada alimento. Essa variação de cores na alimentação vale, especificamente, para frutas, verduras, legumes e grãos. É importante ter ao menos três cores em cada refeição. Verde Vegetais com folhas como, espinafre, agrião, pimentão, couve manteiga, manjericão e outros, contêm vitamina A e clorofila, substâncias que auxiliam na ação antibacteriana, cicatrizante, combatem o crescimento de tumores, desintoxicam as células, ajudam a proteger o coração, o cabelo e a pele. Amarelo e Laranja O betacaroteno é o principal elo entre alimentos amarelos. Ele está ligado à manutenção dos tecidos e à visão noturna. Também chamado de pró-vitamina A, o betacaroteno favorece o metabolismo de gorduras e, por isso, representa uma opção interessante de sobremesa saudável. Há também as vitaminas C e B-3 nos alimentos amarelos, substâncias benéficas ao sistema imunológico e ao sistema nervoso. Vermelho Tomate, melancia, cereja, morango, caqui, goiaba vermelha e framboesa têm licopeno, substância que age como antioxidante. Recentemente foi apontado como um protetor eficaz contra o aparecimento de câncer de próstata. Os alimentos vermelhos, repletos de antioxidantes, ajudam na produção de neurônios e turbinam a memória. Eles ajudam a eliminar o estresse oxidativo, reduzindo os riscos de desenvolver doenças como câncer, diabetes, Alzheimer e Parkinson. Roxo Uva, ameixa, beterraba, repolho-roxo, figo, jabuticaba, alcachofra são ricos em ácido elágico e quercetina, que diminuem os riscos de ataques cardíacos, neutralizam as substâncias cancerígenas antes de invadirem o DNA, melhoram o aspecto da pele e retardam o envelhecimento. Além de serem fontes de vitamina B1 nutriente importante para o metabolismo da glicose.

As cores dos alimentos têm sua importância em nosso organismo, funcionando como referências para determinar se um ingrediente tem mais vitaminas do que outro ou se tem antioxidantes. Verde é associado à desintoxicação e os alimentos verdes, como abacate, kiwi, maçã, alface, espinafre, ervilha, pepino e rúcula, ajudam a depurar o organismo devido aos fitonutrientes antioxidantes. Além disso, fortalecem ossos, dentes e ajudam a produzir mais glóbulos vermelhos. Laranja e amarelo apontam a presença de fitonutrientes que ajudam a reduzir o colesterol, melhorar a circulação sanguínea e regular os níveis de açúcar no sangue. Marrom e branco são ricos em alcina e quercetina, dupla que cuida dos pulmões, do intestino grosso e da imunidade. A cor roxa representa abundância em resveratrol, flavonoides, taninos e antocianinas, todos antioxidantes que estão associados ao rim e à bexiga. Vermelho auxilia a regular o colesterol e são ótimas para a saúde e proteção cardiovascular.